A Escola Medieval

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Quando a educação decadente chegava a níveis insuportáveis, surge a figura de um rei analfabeto que começa a mudar o panorama educacional da idade média.
Carlos Magno (771-814), era um guerreiro que se converteu ao Cristianismo, tornando-se o seu grande defensor.  


Incrementando o número de escolas nos mosteiros, conventos e abadias, Carlos Magno criou uma quase obrigatoriedade de fornecer instrução aos leigos por parte de uma Igreja. Estas escolas deveriam ser presididas por um eclesiástico - scholasticus - dependente directamente do bispo, daí o nome de escolástica dado à doutrina e à prática de ensino assim veiculada.
O método adotado pela Escolástica se traduz através do ensino, fundamentado na lectio – o mestre domina a palavra – e na disputatio – debate livre entre o professor e seu discípulo -; e nas formas literárias – entre elas predominam os comentários, nascidos da lectio, dos quais se originam as Summas, que permitem ao autor se ver um pouco mais livre dos textos; e as quaestiones, vindas à luz por meio da disputatio. Uma das Summas mais renomadas é a Summa Theologica de São Tomás. A Opuscula também é livremente usada pelos escolásticos, representando um caminho mais autônomo para se abordar uma questão.




As matérias ensinadas nas escolas medievais eram representadas pelas chamadas artes liberais, divididas em trívio - gramática, retórica, dialética - e quadrívio - aritmética, geometria, astronomia, música.
A Escolástica foi profundamente influenciada pela Bíblia Sagrada, pelos filósofos da Antiguidade e também pelos Padres da Igreja, escritores do primeiro período do Cristianismo oficial, que detinham o domínio da fé e da santidade. Como foi dito, dois grandes filósofos predominaram nesta escola, o africano Agostinho de Hipona e o italiano Tomás de Aquino.

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