sexta-feira, 8 de julho de 2011
Desde o início do século XV, começou-se a dividir a população escolar em grupos de mesma capacidade que eram colocados sob a direção de um mesmo mestre. Mais tarde, passou-se a designar um professor especial para cada um desses grupos (na Inglaterra essa formação persistiu até o século XIX). Porém, as classes e professores eram mantidos em um lugar comum. Isso só mudou a partir de uma iniciativa de origem flamenga e parisiense, gerando assim a estrutura moderna de classe escolar. Essa estrutura acentuava a necessidade de adaptar o ensino do mestre ao nível do aluno, o que se opunha tanto aos métodos medievais de simultaneidade ou de repetição, como à pedagogia humanista que não distinguia a criança do homem e confundia a instrução escolar com a cultura. Finalmente indicava – essa distinção das classes – uma conscientização das diferentes fases da vida (infância ou juventude) e do sentimento de que no interior dessas fases existiam várias categorias. Todavia, em princípio, a preocupação de separação das idades só foi reconhecida e afirmada bem mais tarde. Na realidade, prestava-se sempre mais atenção ao grau do que à idade. Portanto, existia uma relação despercebida, por hábito, entre a estruturação das classes e as idades, quase que como uma coincidência.
A nova necessidade de análise e divisão das classes caracteriza o nascimento da consciência moderna: a repugnância em misturar espíritos e, logo, idades muito diferentes.
A nova necessidade de análise e divisão das classes caracteriza o nascimento da consciência moderna: a repugnância em misturar espíritos e, logo, idades muito diferentes.
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